Feliz alvo novo

Cá estamos no ano que vem,

Que tudo prometeu mudar...

ignoro se prometi também,

Costumo, porém, não arriscar...

Será que se foi nosso falar zen,

Que oculta o felino pensar?

O pedido mascarado por quem,

Toca trombetas quando vai dar...

Agora, pois, que a atuação tem,

A oportunidade de mostrar,

Se nossos eleitos irão além,

Da fácil prática do discursar...

Veremos se o nhém-nhém-nhém,

Se mantém no mesmo lugar;

Que os anjos digam amém,

Se ousarem, enfim, trabalhar...

Quiçá, dessa vez, a busca do bem,

Será a meta de nosso buscar;

Ou o enganoso bom, ainda tem,

No alto do pódio, seu lugar?

Se nada cambiou, tudo bem,

Ninguém cria que ia mudar,

Era só excitação de quem,

Precisava a si mesmo enganar...

Vou pular sete ondas também,

Para no ano novo poder arrasar;

Malícia, ira, cinismo, mentira, desdém,

Inveja, preguiça, e vou trabalhar...

É certo que pode mudar quem,

Muda a percepção, e o pensar;

Sem tempo, sem agenda; porém,

Sem ver o alvo, não dá pra acertar...

Leonel Santos
Enviado por Leonel Santos em 02/01/2013
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