Emocional ou sobrevivência?
Quantas vezes permaneci calado
Diante de fatos que não aprovei?
Quantas vezes desejei estático
Que o próximo ato seria só meu?
Não conto os momentos de indignação
Em que engoli os meus agravos
Em que retrocedi barrando réplicas
Em que me violentei mudo... Travado...
Perdi oportunidades de externar
Achei-me acuado, privado, apeado...
Frustrei-me afogando até o semblante
Numa autochantagem torturante
Violei as regras do organismo
Em escolhas que fiz frente a um abismo
Em opções que se alternavam em minha mente
Em promessas de que seria gente
A cada minuto eu reafirmo
Certezas forjadas, eufemismos
Na troca da aventura das verdades
Pela custo/benefício das comodidades
Bem feito é pouco para mim
Que em raros momentos não digo sim
Para propiciar um bem ao ego
Em troca de nunca ser pego
As reflexões serão então
Momentos de pura liberdade
Os únicos elos na missão
Ocultos do sucesso, excluídos da verdade