FINAL DE ANO
FINAL DE ANO
Nesta noite
Fogos de artificio
Proclamam um armistício
Ao comum açoite
Gente se congraça
Tudo é graça
Por um momento
Há um alento
Vão-se as doenças
Somem as diferenças
Vivem-se conceitos
Esquecem-se preconceitos
Tudo é alegria
Tudo é congraçamento
É um grande dia
Sem o habitual lamento
Pena que seja curto
Que não seja um surto
De suprema existência
Um choque de consciência
Amanhã será outro dia
Sem tanta boa vontade
Voltará a aleivosia
Morrerá a afinidade
E assim será pelo novo ano
Seguirá a falta de tutano
Até que chegue de novo o final do ano
E apague-se o dano