FINAL DE ANO

FINAL DE ANO

Nesta noite

Fogos de artificio

Proclamam um armistício

Ao comum açoite

Gente se congraça

Tudo é graça

Por um momento

Há um alento

Vão-se as doenças

Somem as diferenças

Vivem-se conceitos

Esquecem-se preconceitos

Tudo é alegria

Tudo é congraçamento

É um grande dia

Sem o habitual lamento

Pena que seja curto

Que não seja um surto

De suprema existência

Um choque de consciência

Amanhã será outro dia

Sem tanta boa vontade

Voltará a aleivosia

Morrerá a afinidade

E assim será pelo novo ano

Seguirá a falta de tutano

Até que chegue de novo o final do ano

E apague-se o dano

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/12/2012
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