DEZEMBRO

Tarde Liza,
Dezembro, último dia,
Uma brisa desliza,
Da serrania,
Espalha nas cousas,
A sua suavidade,
Minha alma repousa,
Sobre as folhagens,
Contempla a imensidade,
Alheia à correria,
Das outras margens,
Dos que se preparam,
Para a passagem,
Se atropelam,
Pelas ruas da cidade,
Minha alma não se interessa,
Por esses festins,
Não faz promessas,
Para o ano imediato,
Prefere a quietude, o tato,
Com a inteireza,
Da natureza,
Com singeleza do fim,
De mês,
Minha alma não julga ninguém,
Cada um sabe de suas ansiedades,
Dos seus porquês,
Que cada alma tem,
Nessa estrada vasta,
Para a minha alma convém,
Viver... ser assim,
E isso lhe basta.