Retorno Ao Rio
E lá vamos nós novamente, visitar a margem do escuro
Do Rio Profundo, que me toma a cada vez.....
Eu não queria, mas me chama sua voz e laços e braços e correntes
Frias, como sempre, ressecam meu licor de fé
Eu percebi que tinha criado ilusões, sei que não poderia
Senti aquele golpe....
Mas cá estavam minhas mãos encharcadas de esperanças de novo!
E aquelas imagens grudentas de sorrisos e beijos
Nossa, puras e gostosas e transparentes ILUSÕES!
Como posso ser tão idiota a pensar que poderia ter algo?
Como posso ser tão burro a pensar que tenho aquilo?
kkkkkkkkk, tem que rir mesmo
Olhe novamente para a árvore amarelada que você é!
Nunca é sempre fácil estar só, sim, não é
But, get used to it!
Ainda não superou essa dor?
Estar sempre nem é ser tão só assim
Ainda tem pessoas que vêem-me, eu sei
Nossa, como podem não me ver?
Ou me vêem de outra forma?
Será que vêem meu interior e meus valores, os poucos que tenho?
Eu disse que tenho valores?
Até tenho mas nem são importantes.....
O que importa é aquilo, e eu não tenho
Nem vestígios, nem faíscas, nem rastros....
Não tenho e por isso não quero ser visto
Não posso ser visto
E esconder meu rosto já é necessário para que a dor não transborde
E eu, precipitadamente, venha a ter lágrimas.