Prudências de Ano Novo (Reflexões de uma Sexagenária)
Recebo este Ano Novo com certa prudência,
afinal,
apresento-me aos sessenta.
Passagem melindrosa, sentidos em polvorosa
ao raiar d’uma nova década.
Eu a rotularia de
“cassianamente descendente”.
No entanto, manter-me-ei serena
ao ultrapassar a fronteira.
Plantei muito, colhi o suficiente.
Errei muito, mas não me fiz repetente.
Mágoas, se as causei,
foram involuntárias.
Tive ares de santa,
desci do altar,
optei por me aventurar.
Isento-me de culpas ou arrependimentos.
Mas o tempo,
ah, o tempo,
irredutível em seu calendário,
não negocia:
proclama-se único e legítimo vencedor!
Eu o desafio e declaro-me
viajante sagaz
que o transpassa com atitudes e audácia.
Que venha 2013 e tantos mais:
com prudências,
paixões e
eloquências!
rosangelaSgoldoni
27 12 2012
Recebo este Ano Novo com certa prudência,
afinal,
apresento-me aos sessenta.
Passagem melindrosa, sentidos em polvorosa
ao raiar d’uma nova década.
Eu a rotularia de
“cassianamente descendente”.
No entanto, manter-me-ei serena
ao ultrapassar a fronteira.
Plantei muito, colhi o suficiente.
Errei muito, mas não me fiz repetente.
Mágoas, se as causei,
foram involuntárias.
Tive ares de santa,
desci do altar,
optei por me aventurar.
Isento-me de culpas ou arrependimentos.
Mas o tempo,
ah, o tempo,
irredutível em seu calendário,
não negocia:
proclama-se único e legítimo vencedor!
Eu o desafio e declaro-me
viajante sagaz
que o transpassa com atitudes e audácia.
Que venha 2013 e tantos mais:
com prudências,
paixões e
eloquências!
rosangelaSgoldoni
27 12 2012