ALI, PARADO
Não tendo para onde correr, andei.
Fui devagar, a pensar no caminho.
Escorregando das selas invisíveis
de cavalos dos sonhos, sozinho.
Rindo do pouco que me arrastava,
lamentando a distância que afastava,
rompendo com a inércia,
num exercício inusitado.
Não tendo para onde correr, fiquei.
E quando olhei ao meu redor,
o pensamento é que seguiu
e eu... continuava ali, parado.