“FESTAS DE AMOR”
“FESTAS DE AMOR”
Vivendo a beira do precipício
Surgem os fogos de artifício
Um pequeno armistício
Para amenizar o diário suplício
Vestem-se as fantasias de tudo bem
Desejando juras de amor eterno
Um carnaval de “meu bem”
Antes da volta ao inferno
Promessas de amor e paz
Desejos de mais ternura
Serão posturas futuras
Nascendo já no aqui jaz
Basta raiar o dia de verdade
Para curar a ressaca de bondade
A cabeça doída
Já não lembra nada, está esquecida
Retornam rapidamente
Os sentimentos não tão nobres
E celeremente
Os espíritos voltam a ser pobres
Foi apenas um devaneio
De uma noite de recreio
Em que a humanidade
Esquece a verdade
Verdade que está nas ruas
Na violência cada vez mais nua
Que corre ano após ano
Esquecida apenas
Nas festas de final de ano