Gente sem vida

Neste chão de asfalto, sangue e cimento.

Correm os pés de multidões sombrias,

São coloridas, suadas, amargas.

Gente sem vida.

Olho para essa gente apressada.

Olho para essa gente seduzida

Paro na travessia, paro na esquina.

Olho essa gente sem vida.

Se tudo que existe

For por causa daquilo que imagino.

Imagino que essa gente tenha razão

Há uma sabedoria no ar vinda da própria vida

Que é o correr para pegar.

Eu penso: estou doido para largar

Largar da própria vida.

E essa gente corre, corre.

Corre gente sem vida!

Aldeir
Enviado por Aldeir em 21/12/2012
Código do texto: T4046914
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