Encantada força
I
Mundo, mundo.
Vasto mundo.
És tão encantador!
Com seu encanto me apanha e,
me arrasta com seu furor?
Eu, que sou bem pequenina, e.
tão curiosa sou.
Não sei ficar quietinha,
Suave como um beija-flor.
Que com leves bater de asas,
com o bico tudo toca e,
se contentando com o toque conserva
o seu vigor.
II
Deslumbramento
Eu, menina
Franzina,
Traquina.
(...).
Admirada,
Curiosa,
Encantada...
Sentia e pensava:
Eu que sou tão pequenina,
como ter uma vida bela,
Nessa imensidão de mundo?
III
Escolha ingrata
Intrigada com a vastidão do mundo, eu perguntava,
Sobre o mundo e sua grandeza,
Sobre a vida e sua beleza.
Sobre uma vida bela na imensidão do mundo.
Minhas emoções de menina respondiam.
Às vezes tudo, às vezes nada.
Não (me) importava a resposta,
O que sei é que – menina, eu sabia.
Hoje adulta me emociono,
Mas, racional sou.
Já não tenho tanta certeza.
Tão curiosa não sou e,
O mundo não me parece mais tão encantador.
Me falta muita clareza,
Nem tenho a mesma certeza,
Pra perguntar e responder,
A minha pergunta de então.
Razão ou emoção?
IV
Sigo sentindo e pensando.
Certeza ou incerteza?
Segurança ou felicidade?