Sou coração, sou razão.
Sou pássaro, não sou árvore.
Sou privado, não sou estatal.
 
Assumidamente instável,
bebo em novas fontes,
vivo a inquietude
dos inconformados.
 
Minha sede é intensa.
Não posso garantir calmaria.
Sou vulnerável, não sou blindado.
 
Ferido, sangro e logo recobro as forças.
Caio, levanto, falho e faço de novo.
Abomino jaulas e gaiolas,
elas aprisionam sonhos.
 
Recuso os muros,
os rótulos, as convenções,
os dogmas, o senso comum.
 
Racionalizo, mas não sou estático.
Sou a turbulência previsível
da liberdade de existir.
Jefferson Lima
Enviado por Jefferson Lima em 14/12/2012
Reeditado em 28/02/2021
Código do texto: T4034968
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