Eu distante
Ando distante de mim e da vida.
Carrego uma essência pesada,
Um verdadeiro pudor a tudo que se molda social.
A verdade dos homens é um redemoinho de coisa alguma,
As minhas próprias verdades nunca dizem nada.
Essa atmosfera emporcalhada me repele
Só a um verbo ao qual ainda me apego: fugir.
Minha vontade, minhas dores, minhas miudezas saudosistas
Requerem uma reavaliação, pois sou eu mesmo feito dessa
Nostalgia aqui calada no peito frio e asqueroso.
Sentimental poucas vezes fui, sentimentos mastigados
Muitas vezes engoli. Eis, pois a velha arte de não se encontrar.