Saudade
Saudade devagar que brota
Deixa minha alma inquieta
Ainda que esperança remota
Essa saudade, talvez suspeita
Tal amor que nunca chega
Minha mísera alma devora
No coração cisma a espera
Sentimento marginal me ofende
Chega resoluta esta saudade
Não sei se a quero comigo
Ar de cobiçar grandeza é seu nome
Que faz minh’alma vibrar, e maldigo.
Essa dor é claro não a quero
Quero minh’alma em paz
Uma vida sem saudade, sem desespero.
Um amor vivo para viver mesmo fugaz.
Não quero compartilhar distancia
Quero amar no que sou capaz.
Esta vida solitária me consome
Noite e dia penso na saudade
Essa danada nada, talvez epítome
Vem distrair-me na noite que some
Afastar a desgraça do meu destino.
Um tempo para minha alma descansar.