Divagando

Minh'alma divaga carente,

Qual pensar de adolescente,

Que, sem rumo, inconsequente,

Vagueia, ao sol poente.

Vai, sem razão aparente,

De maneira insistente,

Fazer do céu, confidente,

Dessa solidão latente.

Numa entrega dependente,

qual efeito entorpecente,

Espera que o sol nascente,

Seja-lhe benevolente.

Confia então, plenamente,

Que o novo dia, crescente,

Faça o seu viver contente,

Sem sombras, em um repente.

Percebe, então, que o vivente,

Se tiver viver prudente,

Pode tornar-se expoente,

Um ser humano excelente.