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DEMORA


Driblo a madrugada

Com saudades do dia

Através das palavras,

Das frases que deito

Tentando arrancar poesia

Do sofrimento.

 

Pela janela, lá no céu,

Há uma estranha estrela

Que, desesperadamente, 

Brilha.

 

Irônica beleza.

 

A brisa fresca

Faz dançar a copa

Da mangueira,

E me faz pensar

No quanto tudo é breve,

Mas demora...


*

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 07/12/2012
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