EU QUERIA
A quarenta e dois anos
Tento descobrir em mim,
Em meio a trapos de panos,
Algo no que sou bom...e sem fim...
Talvez procure até a morte.
Quem sabe eu saiba...bem morrer!
Com o sangue que sai do corte
Das podas do que eu possa querer.
Agora...tento fazer versos inúteis,
Que quando batem em corações fúteis,
Congelam no frio da indiferença,
Sem aguçar o calor da crença.
Não sei escrever...mas queria ser poeta!
Transformar toda dor em festa,
Enxugando as lágrimas dos olhos teus
Pela minha poesia...pois o primás poeta...é Deus.