Para Manter a Onda

É inimaginável a concentração que preciso,

Para seguir meus trilhos,

Na frequência vibratória em que o faço,

Passo a passo.

É impossível mensurar a fome de meu corpo.

O inconformismo que transparece em meu rosto

É mínimo,

Em face do vulcão crístico,

Que me atravessa a existência,

Cobrando-me a consciência...

... A pertinência,

A formosura na consistência.

Até aqui, nada me convenceu do contrário,

Houve sim, um desvio em meu original itinerário.

Recuso-me a crer

Que isto era o melhor que me poderia acontecer.

Por sobre o conhecimento

De todas as minhas deficiências, que não são poucas,

Embora sejam, em sua maioria, loucas...

Empaco onde o homem comum desliza...

Vivo em um enlevo que o mesmo nem desconfia...

Acredito ter-me embaraçado em algum ponto

Para ter que enfrentar tamanho interno confronto.

Eis a razão de ser complicado manter meu alinhamento.

Por outro lado, sou obrigado a mantê-lo,

Pois ao conhecê-lo,

Apagaram-se todas as outras possibilidades.

Incluindo aí, as sugeridas pela sociedade.

Enquanto me for possível concentrar,

Perceber,

Estará mantido e guiado o viver,

Pelo meu poetar.

O original deste trabalho disponível abaixo:

http://vidaalta.blogspot.com.br/2012/12/para-manter-onda.html

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 07/12/2012
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