Espelhos

A esperança é uma luz que não ilumina

Um fogo fátuo

Uma fenda na neblina

Uma nuvem de fumaça

Que antecede o precipício

Sorriso em tom de ameaça

Expresso em fogos de artifício

O espelho partido

É só um caco de vidro

Que só te corta, não te reflete

O espelho quebrado

Reflete um mundo abstrato

Que te consome, não te define

Se é mentira ou verdade

Se é demência ou vaidade

Ninguém responde

Pois Ninguém sabe

E esse tal ópio do povo

É um pedido de socorro

De quem não luta

Só acredita

Pense de verdade

Nas conseqüências da maldade

Que te corrompe, e te destrói

A porta de saída

É um novo ponto de partida

Pra quem já veio

E pra quem já foi ...

Jean F. Peixoto

Jean Peixoto
Enviado por Jean Peixoto em 04/12/2012
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