Espelhos
A esperança é uma luz que não ilumina
Um fogo fátuo
Uma fenda na neblina
Uma nuvem de fumaça
Que antecede o precipício
Sorriso em tom de ameaça
Expresso em fogos de artifício
O espelho partido
É só um caco de vidro
Que só te corta, não te reflete
O espelho quebrado
Reflete um mundo abstrato
Que te consome, não te define
Se é mentira ou verdade
Se é demência ou vaidade
Ninguém responde
Pois Ninguém sabe
E esse tal ópio do povo
É um pedido de socorro
De quem não luta
Só acredita
Pense de verdade
Nas conseqüências da maldade
Que te corrompe, e te destrói
A porta de saída
É um novo ponto de partida
Pra quem já veio
E pra quem já foi ...
Jean F. Peixoto