SINAIS DE QUE?
Se são sinais não sei
Atrás de evidências parei
A conta do que isto resulta.
Em face à minha procura
Sacio a fome que perdura
De um guerreiro em plena luta.
Se por um passe de mágica surgisse
Mesmo que se visse
A armadilha da trapaça.
O engano em lento retorno
Vendo a verdade entorno
Ia atrás de outra caça!
Se de forma necessitasse
E isto me situasse
A conceitos materiais.
Perdido num mar de incertezas
Ficaria defronte a natureza
Por caminhos desiguais.
Se a retina o retivesse
Sendo sim o que parece
Contido seria onde os vazios não o contem.
Sem trama ilusória
Sou testemunha da vitória
De “algo” sobre alguém.
Sabe lá o que se pensa
O quê ocupar esta ausência
O que se sente, o que se acredita.
Os aguilhões de tantas crenças
Afastam-nos das bênçãos
Tornando a pouca liberdade mais restrita.