SINAIS DE QUE?

Se são sinais não sei

Atrás de evidências parei

A conta do que isto resulta.

Em face à minha procura

Sacio a fome que perdura

De um guerreiro em plena luta.

Se por um passe de mágica surgisse

Mesmo que se visse

A armadilha da trapaça.

O engano em lento retorno

Vendo a verdade entorno

Ia atrás de outra caça!

Se de forma necessitasse

E isto me situasse

A conceitos materiais.

Perdido num mar de incertezas

Ficaria defronte a natureza

Por caminhos desiguais.

Se a retina o retivesse

Sendo sim o que parece

Contido seria onde os vazios não o contem.

Sem trama ilusória

Sou testemunha da vitória

De “algo” sobre alguém.

Sabe lá o que se pensa

O quê ocupar esta ausência

O que se sente, o que se acredita.

Os aguilhões de tantas crenças

Afastam-nos das bênçãos

Tornando a pouca liberdade mais restrita.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 03/12/2012
Código do texto: T4017032
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