O que é conhecer alguém

Por sobre bases semelhantes

Deitam-se variações constantes

Distintas em cada instante

Vindo a diferenciá-los

A cada mínimo intervalo

Se é que se pudesse à alma fotografá-los

Para se obter flagrantes

Somos nós e nossas distinções

Somos de quem falo e nossas características

Mundos, universos caóticos ou serenos

Que nos faz deuses e vermes

Num olhar mais próximo

Frustrando as expectativas de quem convive

Surpreendendo sem parâmetro que se referisse

Sintonizar empatias, ajustar convívios

Estabelecer trocas justas que refreie os egoísmos

Aceitar as surpresas o mais rápido possível

E, sobretudo entender que embora as variações sejam transformáveis

Que se possam atenuar pontos lapidáveis

É de nós sermos os caçadores que nos metamorfoseiam

Que a utópica afinidade plena é renúncia, prisão a que se condena