Prata-viva
O pensamento vem como raio
Estremeço nas trovoadas
E está aqui diante dos meus olhos
E não consigo fugir
E não posso escapar
E não sei abandonar
Dói uma dor sem denominação
Uma dor que contém todas as dores
E não sei como suportar tal grandeza
Uma grandeza dolorosa que não mata
Não mata apesar da sua essência assassina
Se eu cresse, rezaria para que matasse
Se eu pudesse acreditar, oraria para sumir
Mas me perdi observando convicções unânimes
Olhei bem demais para saber que não basta
Nada mais basta, nada mais me serve
Esparramo-me demais por dentro de mim
E a dor sem nome que consome sem trégua
Não serve para algo; é inútil, é em vão
Porém fica, ficou; é pedaço inseparável de mim
Só sei que não serei a mulher sentada no fundo
Não serei uma réplica mal feita da pobre coitada
Também não caibo naquilo e nem me contém
Esparramo demais por dentro de mim e escoo
Como mercúrio, me desfaço e volto a ser
O pensamento vem como raio
Estremeço nas trovoadas
E está aqui diante dos meus olhos
E não consigo fugir
E não posso escapar
E não sei abandonar
Dói uma dor sem denominação
Uma dor que contém todas as dores
E não sei como suportar tal grandeza
Uma grandeza dolorosa que não mata
Não mata apesar da sua essência assassina
Se eu cresse, rezaria para que matasse
Se eu pudesse acreditar, oraria para sumir
Mas me perdi observando convicções unânimes
Olhei bem demais para saber que não basta
Nada mais basta, nada mais me serve
Esparramo-me demais por dentro de mim
E a dor sem nome que consome sem trégua
Não serve para algo; é inútil, é em vão
Porém fica, ficou; é pedaço inseparável de mim
Só sei que não serei a mulher sentada no fundo
Não serei uma réplica mal feita da pobre coitada
Também não caibo naquilo e nem me contém
Esparramo demais por dentro de mim e escoo
Como mercúrio, me desfaço e volto a ser