Visão perdida
Não vi a utopia procurada;
A sinestesia que queria
Da minha poesia.
Mas vi brotar na árvore da vida
O êxtase da transformação fomentada
Pelas perseguições de desejos,
Lampejos bonitos da alma!
Não vi o dia a dia das pessoas,
Suas causas, seus sentires;
Procurava visões sensatas
Que podem transformar o homem
Em justos agires justos, e sem pressões.
Vi a angústia dos poetas, dos artistas
E suas buscas infinitas,
Suas causas sentimentais,
Suas crenças e visões de mundo
Através dos seus escritos,
Imaginando o amor e o desamor
Em suas vidas
Achadas ou perdidas.