NÃO HAJA SEGREDO
Me lanho com a poesia como os povos
/ primitivos se cortam
nos momentos rituais ou de dor
/ e angústia
As cicatrizes tatuadas são no corpo
/ os Sonhos
relevantes como lábios adocicados
fileira de água florida em ondas
pequeno lembrete de flor dentro
/ do Amor...
A arquetípica angústia branca sempre
/ comparece enquanto o campo
/ estuante de Vida
reverdece
e me caem folhas de bronze
/ do outono
_ assim as gotas da vida no passar!..._
Mas sempre me lanho, parece
que não há descanso
Quem sabe as minhas correntes
/ sanguíneas me levem ao mar
/ eu fui buscar a dor
que se sublima passando ( Poesia )
/ por uma serpentina
a gotejar-se nas voltas do Mundo
/ como
um eletro-ímã!...
Vergastado sangro um azul toante
/ a negro pra que se acenda
/ o que precede a Alegria
e que haja dia
e na vida humana com peso
/ inumerável... e___preço !
não haja segredo !...