PROPOSTA DE ALIANÇA

“E ali dançaram tanta dança

que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade que toda

a cidade enfim se iluminou”.

(Chico Buarque).

“A união faz a força”.

(Sabedoria Popular).

É, meu bem, quanta injustiça!

Não há paz na terra...

Quem tem garganta e cobiça

é quem faz a guerra...

Bom, amor, precisamos agir

para melhorar um fato verídico...

Com fé e ardor, vamos intervir

para retrucar o desacato crítico...

Devemos fazer uma parceria,

para cantar alguma canção certeira,

e combateremos essa patifaria

que está a imperar na nação inteira...

Se votamos para tirar do congresso

a vez de uns arrogantes,

precisamos direcionar o nosso verso

para a tez dos ignorantes.

Vamos nos posicionar, também,

acima de uns confessos eleitores alienados.

Precisamos decantar muito bem

a rima dos versos esclarecedores engajados.

Devemos combater as drogas

impunemente traficadas.

Queremos o poder das togas

corretamente utilizadas.

Nós faremos isso pelo futuro

dos nossos filhos, com a consciência

de um compromisso maduro,

nos grosso trilhos de uma paciência.

Porém, primeiro, faremos um poema

de amor e outro de paz

que convêm à um verdadeiro dilema

dessa nossa dor sagaz.

Nós poderemos defender a sociedade,

escrevendo algum poema social.

Mas, deveremos nos aliar, de verdade,

resolvendo nosso dilema pessoal.

Vou começar reafirmando,

meu bem: apesar dos pesares,

eu vou continuar pisando

em qualquer lugar que pisares.

Eu seguirei os teus passos...

É sem temor que eu te amo

e desenharei alguns traços

desse clamor que declamo.

Eu tenho a esperança

de resolver nossos deslizes...

Ao fazermos a aliança,

nós dois vamos ser felizes.

Venceremos qualquer perigo,

fortaleceremos nosso abrigo...

Eu te conclamo a me ajudar.

Eu te amo! Vamos nos aliar?

Paulo Marcelo Braga

Belém, 03/03/2007

(12 horas e 36 minutos).