Não sei o quê sei...ou sei?
Não sei...
Ou sei e minto que não sei..
Sei que fico entre o marcado e o esquecido...
O que ainda sinto...
Como madeira verde,ainda criança
Que chora e se deixa ferir
E mostra a quem quiser conferir
O que ficou em sua reentrância
Pode ser dor ou riso
Pois fica escondido no friso
No assoalho...
No risco...
Num triste ensaio perdido
Sem passo limpo
Só vício,
Num tempo em contratempo perdido...
Não sei...ou sei?
Não sei...
Mas sinto que sinto
Sei que às vezes cresce em mim um vazio,
Vazio da não-mente
Vazio do pensamento ausente...
Mas depois não persisto,
Fico indolente
...Mas não repares no que digo!
Pairo no cimo...
E mesmo que em pensamento,
Eu falo grego.
Digo do que não sabes.
Pois tal discurso não declina
Só a mim se inclina...
*Meu adorno é sóbrio.
De ébrio ,basta o verso...