Trem de pouso
Já que desilusão riscou meus “méritos”
Posso, enfim, ser um homem comum;
Sem o peso dos exageros pretéritos,
Que jamais levaram a lugar algum;
Bom siso volta exercitar os músculos,
Depois de passar um bom tempo sem,
O dia cabe da aurora ao crepúsculo
Lembra outra vez o espaço que tem;
O anseio já não extrapola ao lícito,
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o mea culpa feito ainda que implícito,
com o tempo se revelará algo bom;
O trem da vida que estivera extático,
Queima seu carvão desde a manhã;
Chama de novo a um enfoque prático,
Pra purgar as perdas de uma espera vã;
O hino cantado para outro exército,
Seus acordes todos servem para mim;
Mas quando Deus diz não, é pérfido,
Só um completo insano diria sim...