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Assustador como tudo vem a confirmar,
A incontestavelmente endossar,
O que sinto com relação ao ser humano,
Atualmente, tão distante de sua condição:
Está escravizado ao ego, seu mascarado vilão.
Feitor de tooooooodos os seus desenganos!
 
Já não responde mais por si.
Não consegue ir até ali,
Sem a permissão,
Sem a intromissão,
De seu particular e interno ditador:
Disseminador de tanto terror,
De todo o horror,
Pai de toda a dor!
 
O ego é responsável por todos os deslizes,
Todos os acintes!
Todas as agruras.
...Esta ojeriza ao que vem da altura.
É inseguro,
Apesar de se mostrar valentão.
Pensa-se escondido,
Protegido,
Por seus brutais muros,
Todos vazados...
Todos infundados!
Senhor de toda a frustração!
 
A humanidade aderiu ao egoísmo.
Pratica viciosamente o cinismo.
Fraudou seu afeto.
Destelhou seu espiritual teto.
Em algum momento parou de gostar,
Desandando a interpretar...
E quer se fazer crer,
Com seu insensato proceder.
Sucumbiu à indecência,
Da imediata e imatura conveniência.
Mente e jura dizer a verdade.
Acredita, de fato, nos benefícios da falsidade.
Grudou a máscara na face!
Como se não bastasse,
Em meio a esta infeliz pantomima
Quer ver respeitada sua falsa rima.
 
Meus verdadeiros momentos de alegria
Têm vindo, exclusivamente, da convivência luxuosa,
Prodigiosa,
Com a incomparavelmente sincera folia
Dos miquinhos e da passarada.
Em minha vida: afeições encantadas.
 
 
 
Vídeo complementar maravilhoso:
 
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 18/11/2012
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