Coração itinerante
Vivo a interseção dos mundos
Nas vias
Nos fundos
Andando pelas periferias
Nas adjacências
Pelas cercanias
Por vezes apenas tangencio
Sufoco a curiosidade
Afogo o cio
Riqueza é aquela das ruas
Mais ímpias,
Mas cruas
Limpeza é a do coração
Constantes
Mutantes
Emoções soltas pelo abandono
Sem grilos
Sem sono
Misturo-me às plebes rudes
Nativas
Ricas de atitude
Necessito sempre os âmagos
Purezas me reviram o estômago
Certeza de quem que já viveu
A nobreza sendo plebeu
Por dentro eu sou folclorista
Por fora eu sou folclore
Intermitentemente artista
E nos elos coração mole