Sem medo de errar
Sentei-me sem prosa, cem causas opostas
Sem acento, ponte e virgula
pausa e vida
pensando do que sera a morte
chorei em Sant`ana prevendo meu inferno
Calei-me sem consolo em meu colo penetrar
ainda o vinho que guardava para a festa
misturei ao vinagre que saia de meu corpo
copo
cheio de nada
cansado de tudo
ter feito tanto por errado
no prato e lambido os dedos leves
borrado
nome
sobre
nomes ter falado
e ainda planejar na garganta uma bomba nuclear ou granada
que estoure em meu peito e meu calice estara cheio sem acento sem virgula cem milhoes de mais nada
apagar-ei! errei , jamais farei poesia em pros-(a)pera e terrena vontade de viver por morrer
ainda de dia e de noite
na aurora que agora oralmente o erro de meus
seus que de tantos
des-cai o para-isso
nao falarei sobre nada
em virgulas
pausas e prosas!