Sem medo de errar

Sentei-me sem prosa, cem causas opostas

Sem acento, ponte e virgula

pausa e vida

pensando do que sera a morte

chorei em Sant`ana prevendo meu inferno

Calei-me sem consolo em meu colo penetrar

ainda o vinho que guardava para a festa

misturei ao vinagre que saia de meu corpo

copo

cheio de nada

cansado de tudo

ter feito tanto por errado

no prato e lambido os dedos leves

borrado

nome

sobre

nomes ter falado

e ainda planejar na garganta uma bomba nuclear ou granada

que estoure em meu peito e meu calice estara cheio sem acento sem virgula cem milhoes de mais nada

apagar-ei! errei , jamais farei poesia em pros-(a)pera e terrena vontade de viver por morrer

ainda de dia e de noite

na aurora que agora oralmente o erro de meus

seus que de tantos

des-cai o para-isso

nao falarei sobre nada

em virgulas

pausas e prosas!

Thaísa Yukari
Enviado por Thaísa Yukari em 12/11/2012
Código do texto: T3982162
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