Ao cair do dia

Entardeceu...

Cá estou eu

O cantar suave dos pássaros

Traz-me de volta a lembrança

Da simplicidade de minha infância

Quando eu corria atrás dos sons que me fascinavam

Corria até onde pudesse chegar, quando aí me cansava;

Procurava o descanso e me refrescava.

Havia em mim, nessa época

Tanta alegria, tantos sonhos, fantasia

Penso que era feliz

E não sabia...

Hoje, ao cair da tarde

Continuo aqui a sonhar:

Com o furor dos meus planos

Com um mundo mais justo.

Sonho com a pureza das crianças

O dom de a tudo compreender

Os arroubos de alegria e esperança;

Procuro, pois sei que não é tarde

O elo que se perdeu

Entre mim e mim mesma

Entre o que fui e o que sou...

Queria eu poder

À infância voltar

Ao limbo retroceder

Inferir o que pra mim é complexo

E que outrora, não valorizei!

Ah! Como é bom sentar na varanda

Viver essa suave nostalgia

Voltar a ver o cair do dia

E todo seu contexto em mim...

junho/99

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 11/11/2012
Código do texto: T3980213
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