Ao cair do dia
Entardeceu...
Cá estou eu
O cantar suave dos pássaros
Traz-me de volta a lembrança
Da simplicidade de minha infância
Quando eu corria atrás dos sons que me fascinavam
Corria até onde pudesse chegar, quando aí me cansava;
Procurava o descanso e me refrescava.
Havia em mim, nessa época
Tanta alegria, tantos sonhos, fantasia
Penso que era feliz
E não sabia...
Hoje, ao cair da tarde
Continuo aqui a sonhar:
Com o furor dos meus planos
Com um mundo mais justo.
Sonho com a pureza das crianças
O dom de a tudo compreender
Os arroubos de alegria e esperança;
Procuro, pois sei que não é tarde
O elo que se perdeu
Entre mim e mim mesma
Entre o que fui e o que sou...
Queria eu poder
À infância voltar
Ao limbo retroceder
Inferir o que pra mim é complexo
E que outrora, não valorizei!
Ah! Como é bom sentar na varanda
Viver essa suave nostalgia
Voltar a ver o cair do dia
E todo seu contexto em mim...
junho/99