É uma consternação tamanha
Que come sadicamente minha entranha
Cerrei olhos ,silenciei mas sinto
Percorre frio de morte
Um frio sem sorte...
Um agouro
Uma maldição fadada
Uma praga viscosamente lançada
Um nada...
E sobra esta consternação
Este não...
Como um punhado de cinzas
Destas que se guarda em negros potes
Como abrigasse junto o tempo
Ou mil tristes sinas guardadas do vento
Deitei-me com o breu
Porque não há mais tu e eu
Porque o mundo pereceu
Porque o mundo apenas pareceu
Porque o mundo já passou
Porque o mundo aqui me deixou
E será assim eternamente
E jamais será novamente
E jamais será outra vez ternamente...