Passageiro da ilusão
Caminho entre pedras e espinhos
Descalço a inútil ilusão
O mundo é leito dos ninhos
Das aves de arribação...
Um tempo dentro do tempo
Guarda o voo estonteante...
Depois já não há mais ponte
Nem luas, segreda o vento.
Lamento a efemeridade
Existir, num relampejo
Nunca haverá saciedade...
Não há visão ou cortejo
Que quebre a triste desdita
Passar por este despejo
Sair sem ferir a vista...