Passageiro da ilusão

Caminho entre pedras e espinhos

Descalço a inútil ilusão

O mundo é leito dos ninhos

Das aves de arribação...

Um tempo dentro do tempo

Guarda o voo estonteante...

Depois já não há mais ponte

Nem luas, segreda o vento.

Lamento a efemeridade

Existir, num relampejo

Nunca haverá saciedade...

Não há visão ou cortejo

Que quebre a triste desdita

Passar por este despejo

Sair sem ferir a vista...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 08/11/2012
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T3974961
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