DE VER ALMAS
( PREFÁCIO )
Todo Livro de Poemas
é um corte no Oceano Imenso
/ da Poesia
eles devem valer por si
com páginas transparentes
/ que remetem ao próprio Oceano
/ ou com águas
que chegam às praias
trazendo o Arquétipo das flores que no
/ azul da verdade só se
veem em profundidade
Um Livro é Concreto
e só o passar das folhas o faz
/ um Objeto
Estético ___ como um vento
/ que desenha
a Poesia que lembra
como um sagrado e estranho holofote
/ um pote
de Sol...
As águas caminham pro centro
/ do Oceano
como um caracol
e o Amor se espraia sempre
na textura clara de uma máscara
toda própria para ver a profundidade
do Azul
uma estrela além de todo o Sul.
Iguais tão iguais às plumas
/ que caminham
pelo ar ___ as letras fazem os poemas
/ como peixes no mar
com a rima das águas
claras ___ e um desenho
/ que desenha um corpo no formato
de livro
Está vivo___ o sol que se continua
/ além da página
perclara e per
Cada poema é como a sequência
/ de um desenho animado
ou como a jóia de um sacrário
de resplendor presente se sente
as peles do vento falando alma
/ e a Rosa colocada
na Glória do Dizer ___ com
/ as pétalas se arredondando
em Ser.
As letras todas são águas
/ que se continuam desenhando
pura puramente ___porque
/ o espelho das águas intui
as estrelas
E o azul tem alma ___nessa
/ indissolúvel calma
brilha o dizer no sobredizer
Verdade Pronominal Geral
/ todo poema é
um quê
Assim um pavão é todo calmas
e um Livro de Poesia __um espelho
de ver almas...__