Taí, eu sei!... 



Taí, eu sei!...
Que sou mais eu, mesmo porque
Já me descobri no avesso de meu ser...
E hoje "não sei, não sei"
É mera forma de dizer que vou pensar.

Taí, eu sei!...
Que me agiganto toda vez que  eu me amo
Que sou mais do que eu era em outros planos
Na busca inconstante de uma quimera
Não sou mais aquele monstro que eu era

Descobri dentro de mim,  meu  verdadeiro lar...

Taí, eu sei!...
Me amando como hoje eu me amo
Eu aprendi a amar outrém sem medos...
E entendi que o que mais me importa 
É o que está lá fora atinando o céu
Que o que ficou revirado, remoído,
Insólito, escondido atrás da porta.

Taí,
Os cacos do apelo e do  meu zelo
Os que me imbuíam a seus pés feito raiz 
Moídos feito pó, foram lançados ao vento
Sumiram-se os fátuos sentimentos
E eu sei que  posso ser bem mais feliz
Na vida sendo eterno aprendiz,
Não vou me eximir da minha paz...

Nina Costa, 01/11/2012

********************


**********
 
********************
 
Não sei, não sei
(reeditado)



Não sei, não sei
Mas esse seu corpo frágil, esse seu rosto triste
Parece que nunca conheceram o amor.

Não seu, não sei
Mas um passarinho verde e uma borboleta azul,
Disseram que um dia lá pras bandas do sul
Seus sonhos se arrebentaram na beira de um cais.
Juntou os caquinhos, formou um vitral,
Mas sonhos despedaçados jamais são iguais...

Pobre animal, perdido em seu jardim.
Do estilhaço dos teus medos
Não há um segredo que não possa devorar.
Ganhe o mundo, não temas,
Eu cuido do seu quintal

Não sei, não sei
Mas acho que você é como eu
Se lhe custa ir além das fronteiras dos seus muros sagrados
Romper as correntes da sua prisão,
Inventar novos sonhos que sejam só seus...
Junte-se a mim, na tarde de fria solidão
Na sala de estar, tomemos um chá...

 Nina Costa, 1999, enviado ao R L em 25/03/2011

 
Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 01/11/2012
Reeditado em 01/11/2012
Código do texto: T3963979
Classificação de conteúdo: seguro