Castanhos

Já vi o bastante pra poder esquecer

Já servi a propósitos de ruínas

Já travei uma batalha com a escuridão

Encarei memórias, contei vitórias

Elas nunca existiram...

Tuas palavras duras rasgam

Meus pedaços superficiais

Pros teus olhos, nervosos, remendarem

Me tornarem dividido e incapaz

Elas sempre existiram...

A verdade prometida nunca me atingiu

A saudade inconsistente nunca me deixou

Um complexo ambulante em demasia

Uma ilusão corroída pela memória

Necessidade aparente,

Timidez eloquente,

Medo inconsequente,

Teus olhos, meus guias

Ando necessitado do mais raro tipo de atenção

A subjetividade aparente, corpo-mente-coração

Meus demônios esquizofrênicos andam me vendo,

Minha alma rasa no chão, se afoga no meu céu

Meus sentidos apurados, fora de sintonia

Ilusão de sinais direcionados...

Sintomas... Minha pura ilógica razão.

Mas eles me encontram...

Conduzem hipóteses...

Teus olhos, mais que olhos,

Misterioso olhar

Miro o escuro, antes sangrento

Que me conduzem... aos castanhos...

Tuas janelas da minha ilusão.