Reaprendendo a amar!
Homem de traços marcados,
Velhos olhos melancólicos,
Permita-te respirar!
Queres a tudo dominar,
E a cada ponto exclamar,
Segue teu rumo ao sabor do vento,
Deixa-te levar!
Aborta o plano autodestrutivo,
Seduz teu corpo e mente,
Enamora-te com a vida ao despertar!
Entorpecer a dor de teu peito,
Focando em detalhes errantes,
Distantes ou irrelevantes,
Passa o tempo! Passa o teu tempo!
Homem, descomplica-te!
Veste o abrigo, põe o chinelo e canta ao mar!
Enche de carinho o teu andar!
Navegar nuvens de insensatez,
Satisfazer-se na loucura alheia,
Efêmera paz de tua tormenta,
Que só te fará chorar!
Ah, vida! Por vezes torpe, reles, vil.
Devolve, ao homem desgarrado,
A lembrança de que um dia foi capaz de amar!