Breviário
É difícil manter-se puro,
Diante do rastro de poeira.
Deixado por atos espúrios,
Que por toda tua vida permeia.
Pois é quase impossível,
Manter-se por muito intacto.
Ante a verdade inverossímil,
E diante de sentimentos insensatos.
Não passa de fraude e farsa,
A palavra que foi dada.
E a lembrança nefasta,
Que agora compõe uma pasta.
E quando o tudo parece tão vago,
É um forte indicio de que se aproxima.
A inobservância que toma o vácuo,
E a de tudo aquilo que subestima.
E comungar diante da aversão,
Não é o único e mortal perigo.
Mas a continuidade da fusão,
Entre o custeio e o castigo.