INFÂMIA
Oh! Gente vil, oh! Gente infame.
Oh! Gente que dentro do peito jaz um coração!
Que da boca, sepulcro, só lhe sai palavra que difame
Seu irmão
Oh! Gente que faz do vilipêndio, o seu filosofar.
Oh! Gente que usa as palavras como menoscabo,
Que usa todo o pensar para, calúnias tramar,
Eis o seu amar!
Sente-se feliz quando vê o seu irmão cair
E sofrendo infelicidade tal que: o jazigo da morte.
Oh! Gente da língua ferina, entre plumas e purpurina,
Regozija-se de alegria, escarlatina.
Onde está a tua sensatez? Não a vejo!
Só vejo torpeza !
Oh! Gente "superior" onde está a tua tolerância,
Que te faz pensar que és menos arrogante? Não a vejo!
Só vejo gente difamante!
Oh! Gente mesquinha, por que não te retratas?
Por que não usas tua língua como beneplácito?
Entre louvores e aplausos serás recebida em palácio!
Oh! Gente no lugar de infamar, tente elogiar,
Tente falar palavras conjugando o verbo amar.
Oh! Gente, retrata-te!... retrata-te!..