Vento
Um pequeno barco sou.
Navegando no mar da vida
Por vezes no Cabo da Boa Esperança
Por outras na Ilha da Tempestade.
Levado pelo vento que sopra na direção que deseja.
A vela que se enche, direciona a embarcação
O desejo de chegar é a motivação.
Sei que vou chegar, mas não sei exatamente onde.
O futuro é obscuro, a direção talvez inserta.
Apenas sei que preciso navegar “navegar é preciso”.
Viver é preciso,
Algo precisa ser feito e o tempo é curto.
Chegar é preciso
E muitos mais esperam por isso,
A “manifestação” é aguardada, ardentemente.
Vento sopra, empurrando a embarcação ao seu destino.
Vento, quero que venha com mais força.
Parado não da para ficar.
Sopram ventos, mudam as estações, mudam as direções
Se vão as tormentas, se acalmam as tempestades.
Ao longe posso ver o porto.
Há uma luz, há uma esperança.
Ainda falta um pouco, mas estou chegando.
Vou saber exatamente o que tenho que fazer.
Não quero ser apenas mais um.
O tempo perdido, para trás ficou,
E não volta mais.
Agora, navegar é necessário e não posso voltar.
Apenas seguir em frente e sempre levado pelo doce sopro.
Que conduz ao melhor lugar.
O vento impetuoso, e a voz de muitas águas,
É sinal de paz.
Assim como não sabemos o caminho do Vento,
Assim também ninguém sabe as obras
Daquele que fez todas as coisas.