Eu era cacofônico, indigno e cantarolado
Flertava e alguns outros beijos com dona inquietação
que se atrelava em raiva
e irritação
e era
a fome que não comia
o sono que não dormia
o amor que não amava
e o luso que não escrevia.
A dor que não doía
o renome por revelia
a insensibilidade na teoria
e a alterabilidade da caligrafia.
Inquieto, a presunção da avaria
fazia a glória da pontaria
enquanto o mercador sem mercadoria
chamava o maestro de "poesia".
As vestes de alegoria;
vestígios da criminologia
e a discórdia da cortesia
ludibriavam meus anjos, sem entropia.
Anjos em entropia
eram diabos com embolia
animais outrora biólogos
zoológico da filosofia.