Poesia sem Nome

Não sei o que é poesia

Mas trago algumas por certo

No avesso da alma

Bem perto

Onde as fronteiras da razão

Beiram a incoerência

Existem por existir

E teimam em extravazar

Não as culpo

Não respeitam limites, creio

Conhecem dias, horas, momentos

enfim

Ora estão dentro de mim

Ora já não mais

E vão e voltam

Feito chuva

Pudesse as compreender

Juro que o faria

Pudesse as interpretar

As decodificaria

Mas qual! são caminho difícil

Já não consigo atravessar

Apenas sinto

E sigo atrás

Como corça em busca das águas

Em cada estrofe

Em cada verso

Um espelho escondido

Em cada letra, em cada ponto

Um amigo

Tenho sede, tenho fome

Não desisto sem tentar

Sou o meu eu, poesia

sem estilo, sem abrigo

sem espaço, sem nome

Ainda assim existo

vivo, sobrevivo

Por amor

Sempre

simplesmente assim.

Miss Jade
Enviado por Miss Jade em 13/10/2012
Reeditado em 14/10/2012
Código do texto: T3930926
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