Piet Mondrian
BRANCURA VIVA
A Missão do poeta é morrer-se
/ no cotidiano para
viver por palavras
Criar um Outro Corpo consoante
/ ao Mito
cheio das guirlandas de um Rito
de palavras
desaparecer nas águas da Vida
/ mais clara
e deixar-se florescência de essência
com desejo de que as árvores cantem
ao Vento !...
Ele assim se guarnece de flores
nos cabelos ___Inicia a túnica
/ do maior abraço possível branco
com olhos virgens de ver o Mundo
Converte-se em lábios
astrolábios com rumo nos céus
/ persegue
a estrela primeira __ a que dá luz
/ no azul prenhe
das falas em promessa!...
É delicado __muito delicado__ deli-
/ cadíssimo e entoa
as cordas da Lira
como um peixe vivo embalado
/ em águas...
O outono o que mora mágoas
/ nos coqueiros coroa-no
de pâmpano
e ele faz vir à luz todas
/ as indimensões do Sonho
Pote d'água a escorrer
de irrigado Ser. Arco-Íris vibrante
/ alçando seu arco
/ de concretas portas sempre
diante
setas delicadíssimas envenenadas
/ nas pontas de Amor
/ a Vida
Há um milagre no poeta sobredito
/ é fazer viver raiz
pleno de aberturas puras
o já dito
como uma não lápide
___como a Vida !_____
BRANCURA VIVA
A Missão do poeta é morrer-se
/ no cotidiano para
viver por palavras
Criar um Outro Corpo consoante
/ ao Mito
cheio das guirlandas de um Rito
de palavras
desaparecer nas águas da Vida
/ mais clara
e deixar-se florescência de essência
com desejo de que as árvores cantem
ao Vento !...
Ele assim se guarnece de flores
nos cabelos ___Inicia a túnica
/ do maior abraço possível branco
com olhos virgens de ver o Mundo
Converte-se em lábios
astrolábios com rumo nos céus
/ persegue
a estrela primeira __ a que dá luz
/ no azul prenhe
das falas em promessa!...
É delicado __muito delicado__ deli-
/ cadíssimo e entoa
as cordas da Lira
como um peixe vivo embalado
/ em águas...
O outono o que mora mágoas
/ nos coqueiros coroa-no
de pâmpano
e ele faz vir à luz todas
/ as indimensões do Sonho
Pote d'água a escorrer
de irrigado Ser. Arco-Íris vibrante
/ alçando seu arco
/ de concretas portas sempre
diante
setas delicadíssimas envenenadas
/ nas pontas de Amor
/ a Vida
Há um milagre no poeta sobredito
/ é fazer viver raiz
pleno de aberturas puras
o já dito
como uma não lápide
___como a Vida !_____