PRA LÊR , SEM OLHAR !
Sem te ver , posso te escutar
Para isto , basta os olhos fechar
Bum , Bum , Bum em meu âmago sempre a palpitar
A esta analogia , a minha vida deve o estar
Do quanto é possível viver, sem aos olhos pedir
Acordar é olhar , abaixar as pálpebras é sentir
Viver é tocar , com as mãos enxergar
Com o corpo trocar , com o coração apreciar
Existir é deixar contaminar-se , é seduzir
Nesta troca condescendente o permitir
Andar , parar, recomeçar para deixar fluir