A chuva que cai agora, já não me refresca a memória!

E na ida da viagem

um sol estonteante

quente como antes

acompanhando o fim de tarde

Fui fazer o que hoje

andar pelo centro

sentir o calor pelo vento

que parado me ferve por dentro

Que vontade do ceará

3° andar, sem vista para o mar

mas com um vento maravilhoso

e deitar no sofá, pois calor não há

E seguindo a viagem

fui atrás dos meus ouvidos

sentir o som sozinho

pra perturbar a mente e o meu juízo

Mas que bom é o ruído

que sai e que entra

e em minha mente se inventa

e se traduzem as palavras

E mais tarde o retorno

mais de repente um tempo chuvoso

aproximara os pingos caídos

molhando os ciscos quentes de verão

Hoje, ainda olhei entre as cadeiras

o seu rosto se desfez, uma miragem se refez

no caminho o cheiro da água

e foi assim até a minha chegada

Lembrei de tempos de antes

mas não com a tristeza de ontem

por não vê-lo mais

aqui nos bancos de trás

O bonde não mudou

mas suas caras o modificou

habitantes desconhecidos

mais alguns já tinha visto

A vida passa e você sente

o catavento gira constantemente

tons de rosto diferentes

mas o seu já se encontra ausente

Já senti culpa por você

por não tê-lo visto antes

mas a vida me explicou

que não era pra ser assim

Talvez um dia de outro jeito enfim

você apareça no bonde ou sei lá aonde

e pelos bancos a gente se encontra

pois a chuva que cai agora, já não me refresca a memória!

Una mujer
Enviado por Una mujer em 11/10/2012
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