Bailarino
Bailarino
Quem vai querer me amar
Quem vai se habilitar
A tentar comigo ficar
Sozinha desprotegida
Dos olhos felinos
Das mãos atrevidas
Ansiosas a explorar
Um corpo de mulher
Uma sombra me acompanha
E a vida me abandona
Pra dar lugar a um ser só
Só nas minhas noites dias
Dias de mentiras incontidas
Nas tentativas feitas em vão
De ter um lugar ao sol
Até mesmo em um deserto qualquer
Tal qual a um bailarino
Eu me vejo a bailar
No palco obscuro da vida
A estrela eu, não pode brilhar.
Somente o semblante da mulher amante
Dentro da imagem do reluzir
Poderá me iluminar
Autor: Crispim Aldana