METRÔ

E mais um olhar se perde

No cristal do vagão lotado

Mais uma mente em guerra

- Presente, futuro, passado...

Na realidade paralela

Dos pescoços virados para o lado

Paira duvida no ar que não circula

É o divã do metrô lotado!

Há sempre aqueles,

Que traz consigo uma literatura.

Na esperança sábia,

De fazer prisão ao pensamento.

Mas filósofos,

São os que se perdem na paisagem

Que permanecem ali, imóveis,

Indiferentes à realidade.

Dali surge:

Versos, rascunho de cartas,

Futuras despedidas,

Expectativas de chegada...

E o metrô segue seu rumo

No mesmo trilho que sempre lhe guia.

Transportando mentes inquietas

Na agoniante rotina dos dias.

Diisilva
Enviado por Diisilva em 03/10/2012
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