A Vida
Um corpo energizado
Por matéria transformada.
Pro mundo desmesurado
Esse corpo é quase nada.
E esse espaço sem termo
Quantos corpos ocuparam!?
E, durante o eterno tempo,
Quantas vidas já passaram!?
Quantas espécies de vidas!
Quantas modos de viver!
Raças puras, raças híbridas
Fada o gene o que vão ser.
Vidas de muita alegria,
Vidas de muito prazer,
De luta de cada dia,
Vidas de muito sofrer.
Abelha, mel e colméia,
Trabalho, lar e comida...
Lagarta nojenta, feia,
Luxo, sexo, pouca lida.
Cria asas e se solta,
Se exibe, vai avante
E, bailando, vai e volta.
Borboleta esvoaçante.
Vida Voa. Voa, vida.
Como cada qual quiser.
Voa por toda esta vida
E por outra que houver.
Vida, vem – me traz bonança.
Traz minha felicidade.
De manhã, traz esperança,
Mas não me tragas saudade.
//Ignacio Queiroz
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