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Meu casulo é quente e silente
Dum calor que ninguém mais sente
Flamba meu medo e minha mente
Por que então rasgaria esta casca,
Expor meu ser a cortante nevasca,
Se nesta inércia sou contente?
E se soubesses de minha redoma,
Quererias transpor meu ser?
Até pensei peitar o frio
Posto que ,há de discernimento ainda um fio
Mas não me nasceram braços ou impulsos
Ou arderam as veias de meus deformados pulsos...
Escolho então o casulo,
É meu ninho
E também morte premente
Mas disto sou ciente...
*Sugestão de escrivaninha: Arana do Cerrado.
Descobri recentemente a escrivaninha desta poeta de um dom especialíssimo e muito tem me emocionado . Sua letra sai de uma forma natural ,como um rio que corre...
Aos que ainda não conhecem tal escrivaninha digo que vale a pena!
Deixo aqui o link a quem quiser conferir:
http://www.recantodasletras.com.br/autores/aranadasflores