Silêncio da Chuva
Meus olhos de chuva
Tem medo de sentir medo
Receio de minhas lágrimas
Não alimentarem meu jardim
E em minhas flores verem florescer
Temo pela juventude que me escapa
Como areia do tempo pelas mãos
Meus pés ainda dançam o presente
Mas meu passado transborda
Águas que precisam seguir
As letras se juntam no meu vestido
Onde me permito ser
Onde fico segura eventualmente você vem me ver
Tento pelos dias me reinventar
Ter as respostas para o silêncio do meu medo
Simplesmente se calar...
setembro de 2012