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LUZ

Luz que brilha,
Brilha tanto,
Que se recusa a brilhar
Nos pântanos
Do desencanto!

Qual o valor do teu brilho?

Luz que aquece,
Mas que se esquece
De que existe um outro frio
Necessitando ser amado,
Agasalhado!

Teu amor saiu dos trilhos...

Luz que imanta
E que encanta
Com suas faíscas multicores
Mas que não brilha
Além dos próprios louvores...

Que tristeza!...
Tanta beleza,
Tanta nobreza,
Tudo tão fútil!

Luz que brilha, e que apaga
O próprio brilho, ao julgar
Que outros brilhos são inúteis!

Tua luz brilha, e tu não sabes
Que quando for de verdade
Não escolhe a superfície
Sobre a qual irá brilhar...

Isto não seria direito,
Esse brilho seletivo
Que escolhe onde rescinde
No crivo do preconceito!

***
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 14/09/2012
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